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Autor Manuel Timóteo de Matos

Obra em Edição

DESAMOR DE UM VAGABUNDO

 

Quando na alma tudo se perdeu

Pouco mais importa o que existe

Até se a dignidade acaso vendeu

Apenas a indiferença já persiste.

 

É estado de coração muito vazio

De recheio sem qualquer sentido

Vento do norte, leste mesmo vadio

Se do sul, que importa o apelido.

 

É uma indiferença de todo marcante

Que torna o humano em mero animal

Apenas o corpo, tudo o mais distante

A vida se torna num perfeito vendaval.

 

É mente em amorfo estado

Bem indiferente à dignidade

É não querer ter já cuidado

Nem tanto perceber a verdade.

 

As exigências da mente esfumaram

Como se no fogo as evaporasse

O tudo e o nada se conjugaram

Como se a mesma coisa se passasse.

 

Sentimentos normais e antigos

Foram atirados à pérfida valeta

Até mesmo muitos dos amigos

Passaram a ser apenas uma treta.

 

O que pode logo aproveita

Sem que isso lhe constitua

Ideia de uma coisa bem feita

Porque ali animal continua.

 

Circunstâncias de desamores

Vida livre de quaisquer ideais

Ingratidões tolas das maiores

Criam mentes inertes, sem mais.

 

A mente porventura cristalizada

Pouco de bom humano já contém

Conselhos não aceita nem por nada

Mesmo de estrutura humana também.

 

Monstruosidade que ora gera

Uma sociedade desumanizada

Fosse Deus sua estrela, pudera

Com vagabundagem desprezada.

 

2016.01.07

Manuel Timóteo de Matos

Participação em Antologias

MULHER, UM POEMA

 

Na beleza de um rosto admirável

Que Deus me trouxe sem eu pedir

Vejo a mão de Deus, bem notável

Que as maiores emoções faz sentir.

 

Não pergunto nem preocupa a idade

Coisa por si de somenos importância

Seu porte de altivez e tanta dignidade

É cunho alto de sua grande elegância.

 

Olhar prescrutante e bem atento

Em sedutores olhos cintilantes

É maravilha de tanto contento

Como estrelas muito brilhantes.

 

Sentada, erguida ou de pé também

Um porte que amorosamente enleva

Na sua harmoniosa e a beleza que tem

Luz não necessita para sair da treva

 

É estrela, tal encanto no olhar

De quem a vê bem mais atento

Uma musa para bem mais amar

Em seu grande encantamento.

 

Ao verificar de grandiosa beleza

Num ser por Deus de amor criado

Se fica bem concentrado na certeza

De alguém que deve ser bem amado.

 

No maravilhoso encanto e beleza

Que na alma condigna alimenta

É de louvar como a bela princesa

Que no coração o amor assenta.

 

Mais que uma linda e bela mulher

Na sua majestosa e total harmonia

É doce, terna, melodiosa e se puder

A mais carinhosa em qualquer dia.

 

Mais que tudo pela alma pura

Nela se revê muito a natureza

Terna e na alma o amor dura

Bem o merece como princesa.

 

Beleza agradável e constante

Com tudo do mais admirável

Esbelta, carinhosa, importante

De especial trato e bem afável.

 

2016.01.10

Manuel Timóteo de Matos

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